O MESSIAS DE ISRAEL
O paradoxo messiânico girava em torno de duas visões do Messias: a primeira visão O mostrava como aquele que viria como rei conquistador, restaurando os judeus em sua terra e reinando em paz sobre todo o mundo (a tese apresentada por Shraga, Simmons, que sustenta que Jesus não personifica as qualificações pessoais do Messias), enquanto a segunda visão mostrava uma figura messiânica que parece ser humilde e sofredora, carregando os pecados do povo e pagando o seu resgate por eles diante de Deus.
Algumas vezes este contraste era visto em uma mesma passagem profética, como em Isaías 52:13, 14 onde o texto fala do Servo do Senhor (referindo-se ao Messias) como alguém que prosperaria e seria sublime, elevado e grandemente exaltado. Logo depois o texto também fala dEle como alguém que tinha uma aparência mais desfigurada do que qualquer outro homem. Em outras palavras, Ele experimentaria tanto a exaltação quanto a humilhação. Outro ponto de aparente contradição era se o Messias seria um ser humano com poderes e habilidades extraordinários ou se Ele seria de fato o próprio Deus (Aquele que Se fez carne e habitou entre nós).
Outras profecias messiânicas falavam dEle como sendo ambas as coisas. Um exemplo disso esta em Is 9:6, onde o Messias nasceria como uma criança, o que O fazia um ser humano. Mas no mesmo versículo, Ele seria chamado de Grande Deus, Pai da Eternidade e Príncipe da Paz, nomes que eram indicativos de divindade, o que implicava na conclusão de que o Messias seria, de alguma forma, ambos, homem e Deus. Não havia concordância entre os expositores sobre este assunto, haja vista, o Rabino Akiva que estava convencido de que o líder rebelde Bar Kokhba era o Messias, e mesmo assim ele também ensinou que o Messias ocuparia um trono juntamente com Deus.
Há referências tanto no Talmude quanto no Midrash sobre a imortalidade do Messias, ainda assim o Rabino Hillel negava que o Messias haveria de vir. O que os judeus dos dias de Jesus queriam de um Messias era alguém que poderia cumprir todas as predições de um grande libertador e rei; alguém que expulsaria aqueles odiosos governadores romanos para fora de sua terra e tomaria o trono judaico do usurpador da Idumeia, Herodes.
POR QUE YESHUA É O MESSIAS JUDEU?
A rigor, o judeu não-messiânico não precisa ler o Novo Testamento para conhecer o Messias, senão vejamos:
- O Deus de Abrahão, Isaac e Jacó exortou o povo hebreu a ouvir o profeta Jesus (Dt 18:15);
- Aproximadamente 1000 anos antes do Seu nascimento, já se falava nEle, do Seu sofrimento e da Sua glória (Sl 22:28);
- Setentos anos antes do Seu aparecimento, o profeta Isaías profetizou que Ele viria de uma linhagem real e ainda escreveu os nomes que caracterizariam especificamente a Sua pessoa (Is 9:6);
- Há aproximadamente 520 anos antes, Zacarias profetizou como Ele entraria em Jerusalém e fez referências às 30 moedas, valor pelo qual seria traído (Zc 9:9).
- O Seu nascimento foi anunciado pelo próprio Criador em Gn 3:15;
- Foi profetizado que Ele viria da Tribo de Judá (Gn 49:10);
- Que descenderia da Casa de Davi (Is 11:1; Jr 33:21);
- Que Ele nasceria de uma virgem (Is 7:14);
- Que nasceria em Belém (Mq 5:1, 2);
- Que Ele seria sacrificado (Is 53:1-2) e
- Crucificado (Sl 21:1-21);
- Que ressuscitaria dos mortos (Sl 16:8-11);
- Que Ele voltaria à Terra (Zc 14:4) e
- Que Ele apareceria nas nuvens do céu (Dn 7:13).
Jesus, o homem de Nazaré, é o Filho do Deus vivo; o Messias de Israel.
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