A Torá não traz uma doutrina clara acerca da eternidade. Por quê ? A Torá foi dada ao povo de Israel, com o objetivo de cuidar da vida na Terra, com preceitos que visam a qualidade de vida do judeu e da Humanidade, em todas as nações, daqueles que se achegam a Israel.
Na Tanach (Bíblia) todos os profetas falam no Messias.
Maimônides, foi quem compilou os 613 mandamentos da Torá como também os 13 pilares da fé judaica.
1. O primeiro (e imutável) princípio da fé judaica: em Bereshit (Gênesis) não se prova a existência de Deus.
É ponto pacífico para a fé judaica. "No princípio, fez Deus o céu e a terra". Ponto.
2. Segundo princípio: Deus é um e único; Ele é o El Elion, o Criador.
Este princípio contrasta com a ideia de Trindade, cunhada pela igreja católica romana, no Concílio papal de Neiceia. Para o judeu, conceber a trindade é politeísmo.
3. Terceiro princípio: Deus é imaterial. Deus é Espírito. A nossa semelhança com Deus é exclusivamente espiritual.
4. Quarto princípio: Deus é eterno.
5. Quinto princípio: Devemos orar exclusivamente a Deus.
6. Sexto princípio: Os profetas falaram a verdade.
7. Sétimo princípio: Moisés foi o maior profeta em importância.
Este princípio é contraditório, uma vez que o próprio Moisés anunciou a vinda de um Profeta maior do que ele e a este deviam ouvir (Dt 18:15).
"O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos. Como eu, a ele ouvireis". (assim como ouves a mim)
8. Oitavo princípio: A Torá escrita e oral foi dada a Moisés (tradição oral).
9. Nono princípio: Não haverá outra Torá.
10. Décimo princípio: Deus conhece o pensamento e as ações do homem.
11. Décimo primeiro princípio: Deus recompensa os bons e pune os maus.
12. Décimo segundo princípio: O Mashiach virá (não importa se passou 4.000 ou 6.000 anos da promessa).
13. Décimo terceiro princípio: Os mortos serão ressuscitados.
O MESSIAS
O apogeu da cultura judaica se dará na vinda do Messias, que inaugurará uma nova era de grandeza material. Israel será a principal nação da Terra. As nações que não subirem a Israel na Festa de Sucot para adorar a Deus, não verão chuva e sofrerão de escassez e fome.
Amós 4
7 Além disso, retive
de vós a chuva quando ainda faltava três meses para a ceifa; e fiz que
chovesse sobre uma cidade, e não chovesse sobre a outra cidade; sobre um
campo choveu, mas o outro, sobre o qual não choveu, secou-se.
Quando Israel era oprimido pelo inimigo, tinham sua esperança reavivada na vinda do Messias. Quando vivia no apogeu, esquecia-se dessa promessa.
O Messias era parte do plano do Criador, desde o início do universo (nisto, os Rabinos concordam unanimemente).
Haverá um período de sete anos que precederá a vinda do Messias, com relação a sinais.
1º ano - instabilidade no clima da Terra;
1º ano - instabilidade no clima da Terra;
2º ano - a fome irá aumentar;
3º ano - pessoas ausentar-se-ão da Torá;
4º ano - terá abundância para os que tiverem recursos e escassez para o pobre, que terá fome.
5º ano - haverá abundância e, porque estarão fartos, retornarão à Torá;
6º ano - serão ouvidas vozes do céu;
7º ano - guerras e então o Filho de Davi virá.
Sua vinda não pode ser prevista, se não através dos sinais acima.
Inaugurará uma era que afetará a conduta das pessoas e da própria natureza. O grão produzirá após um mês de cultivo e as árvores darão frutos em dois meses. Não haverá mais opressão sobre Israel e o Mashiach restaurará a posição de eminência, dada por Deus.
O Mashiach reunirá as tribos de Israel, que precederá a restauração da cidade santa e do templo. Jerusalém será restaurada.
O novo templo servirá apenas para sacrifícios de ações de graça e não mais para expiação de pecados. Os justos ressuscitarão para desfrutar da felicidade reinante na Terra, na presença do Mashiach.
Na visão rabínica, a era messiânica será um período transitório entre este mundo e o que há de vir, a era duradoura. O mundo será mais iluminado. Sairá um rio de Jerusalém. Não haverá lixo no mundo.
Fonte: A Escatologia Judaico-Messiânica
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